domingo, 10 de abril de 2011

ILUSÃO


ILUSÃO

As pessoas geralmente se sentem muito infelizes com a chegada da desilusão. Eu particularmente acho uma benção, pois saímos de um estado de entorpercimento. Depois de saírmos deste "estado" voltamos a ver a realidade como ela é. E como é bom enxergar fatos e pessoas em sua real dimensão. É bom lidar com pessoas reais e não com com seres que criamos, frutos de nossa pouca percepção da realidade.
Uma coisa é sentir simpatia, afinidade, outra coisa é fantasiar em cima disso por causa de nossas carências afetivas, nossas necessidades e desejos.
Cuidar de nosso mundo emocional é essencial para que não soframos e façamos sofrer. Aceitar a realidade é estar no estado de humildade tão necessário para o nascimento do Amor real e não ficcional. Estados frequentes de desencontro e aflição são subproduto do nosso querer realizar as nossas irrealidades.
A criação fantasiosa é tão grande que a nossa consciência se recusa a ver a realidade e se bloqueia. Mecanismos de defesa de nossa mente entram em ação para evitar "ver" a realidade que não admitimos. Viramos então prisioneiros de nossos delírios ilusórios.
A incapacidade de aceitar as pessoas como são é reflexo de nossa própria incapacidade de não nos aceitar. Por isso é essencial nos conhecermos para que podemos identificar nossas ilusões nas relações e não criarmos problemas sem necessidades.
Nos indignamos quando descobrimos que alguém usou de oportunismo conosco e nos aborrecemos contra ela e não contra a nossa auto-ilusão. Não sabemos escolher nossas amizades, geralmente não analisamos suas limitações, suas possibilidades de doação, de afeto e sinceridade. Depois recebemos a ingratidão ou a traição e culpamo-los.
Na verdade sempre somos nós que nos iludimos com nossas projeções. Queremos que elas dêem o que não podem e ajam como desejamos e imaginamos. Sonhos românticos, a nossa maior fábrica de ilusões. As ilusões servem também muitas vezes como defesas contra nossa realidade, não tão perfeita, não tão maravilhosa, não tão prazerosa.
O mais importante a ser trabalhado em nós é a auto-percepção para que nos conduzamos à realidade das situações e das pessoas.
Somos os únicos responsáveis pela dificuldade de entender a realidade que nos rodeia, como os únicos a estar presente e consciente dela. Somos responsáveis pela qualidade de vida que experimentamos no momento presente. Viver com senso da realidade. Será que vivemos? Ser espiritualmente maduro é ter esta qualidade: Senso interior. Para o nosso bem , pelo bem da sanidade em nossas vidas, devemos discernir o que queremos forçar a ser uma realidade que desejamos daquilo que é a realidade que vivemos.
Às vezes nos iludimos tanto que negamos fatos preciosos que poderiam nos ajudar em nosso desenvolvimento pessoal.
Procuremos sentir! O nosso senso está no sentir.
Uma mente sã é aquela que aceita a realidade.
Reflitamos sobre a alegria e o sofrimento, e que eles não estão nos fatos em si mas sim na forma como nossa mente os percebe. A mente deve ser aliada ao sentir profundo, aí escaparemos de valores, crenças e situações ilusórias.
Nossos sentidos são o caminho seguro para perceber os recados da vida.

Rosa Barros



http://cantinhodamaura.blogspot.com/
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