Eu tive
que aceitar, que meu corpo nunca fora imortal, que ele
envelhecerá
e um dia
se acabará.
Eu tive
que aceitar, que eu viera ao mundo, para fazer algo por ele, para tentar
dar-lhe o melhor de mim, deixar rastros positivos de minha passagem e, em dado
momento partir...
Eu tive
que aceitar que meus pais não durariam para sempre, e que meus filhos pouco a
pouco escolheriam seus caminhos e
prosseguiriam sua caminhada sem
mim. Eu tive que aceitar que eles não eram meus como supunha e que a liberdade
de ir e vir é um direito deles também.
Eu tive
que aceitar que todos os meus bens foram me confiados por empréstimo, que não
me pertenciam e que eram tão fugazes quanto fugaz era a minha própria existência
na TERRA. Eu tive que aceitar que os bens ficariam para uso de outras pessoas
quando eu já não estiver por aqui.
Eu tive
que aceitar que varrer minha calçada todos os dias não me dava nenhuma garantia
de que ela era propriedade minha e que varrê-la com tanta constância era apenas
um fútil alimento de que eu dava à minha ilusão de posse.
Eu tive
que aceitar que o que eu chamava de “minha casa” era só um teto temporário, que
dia a mais dia menos, seria o
abrigo terreno de outra família.
Eu tive
que aceitar que o meu apego às coisas só apressaria
ainda mais a minha despedida
e a minha partida.
Eu tive
que aceitar que meus animais de estimação,
a árvore que eu plantei, minhas flores e minhas aves eram mortais. eles não me pertenciam!
Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
a árvore que eu plantei, minhas flores e minhas aves eram mortais. eles não me pertenciam!
Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
Eu tive
que aceitar as minhas fragilidades os meus limites, a minha condição de ser
mortal, de ser atingível, de ser perecível.
Eu tive
que aceitar para não perecer!
Eu tive
que aceitar que a VIDA sempre continuaria com ou sem
mim, e que o mundo
em pouco
tempo me esqueceria
Eu me
rendi e aceitei que eu tinha que aceitar.
Aceitei
para deixar de sofrer, para lançar fora o meu orgulho,
a minha
prepotência e para voltar à simplicidade da Natureza, que trata a todos da mesma
maneira, sem favoritismo.
Humildemente
eu ti confesso que foi preciso eu fazer cessar umas guerras
dentro de mim.
Eu tive
que me desarmar e abrir meus braços para receber e
aceitar a minha tão sonhada Paz!
Texto-
Silvia Schmidt
Eu finjo não escutar, mas eu escuto. Eu finjo não me importar, mas eu me
importo.
Eu finjo não sentir,
mas eu sinto.
Eu digo que está
tudo bem, mesmo que meu mundo esteja desabando.
Eu sorrio, mesmo que
cada parte do meu corpo esteja doendo.
Lembre-se que nem
tudo É o que parece...
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